Conheceram-se na Faculdade de Belas-Artes de Lisboa, onde ambos frequentavam o curso de Pintura. A sua parceria artística iniciou-se em 2001 na área do filme experimental analógico, fotografia e instalação, desenvolvendo paralelamente um labor ensaístico que é parte ativa e congregadora dos seus projetos. O seu trabalho apresenta-se como um vasto laboratório de experiências impossíveis que questionam o conhecimento empírico e toda a metafísica existencial. Com base numa crítica mordaz ao positivismo científico e na superação da antítese entre tecnociência e poesia, integram no seu discurso artístico aspetos como a Patafísica de Alfred Jarry ou a “ciência das soluções imagináveis”, o nonsense e a obsolescência tecnológica. A utilização de processos obsoletos de reprodução da imagem, como o filme em 16 mm ou as projeções de slides, ajudam a corroborar um vocabulário estético assente em referências filosóficas como Nietzsche ou a literatura fantástica e de ficção científica.
A sua carreira tem sido consolidada a nível internacional em eventos como a Bienal de São Paulo, Brasil (2006), Bienal do Mercosul, Porto Alegre (2007), Manifesta 7, Kassel, (2008) e PhotoEspaña, Madrid (2008). Em 2004 foram os vencedores do Prémio EDP Novos Artistas. Representaram Portugal na 53.ª Bienal de Veneza, realizada em 2009.