O escultor Rui Matos, artista representado na Coleção da Fundação PLMJ, expõem o seu trabalho em Lisboa em duas exposições simultâneas: na Sociedade Nacional de Belas-Artes, SNBA "A Sequência dos Dias", e na Galeria da Sá da Costa um conjunto de fotografias sob o título "Natura". A exposição da SNBA, com curadoria de Manuel Costa Cabral, apresenta-se num formato antológico que abrange cerca de três de décadas de trabalho onde podemos ver 34 esculturas em diferentes materiais como a pedra de ardósia, gesso, pedra de lioz, grafite e ferro pintado ou oxidado. Esta exposição revela a complexidade da sua obra escultórica, multifacetada e prolífica nas soluções formais e, nos temas plasmados nos títulos das obras. A exposição de fotografia, patente na Galeria da Sá da Costa, confronta-nos com uma outra pesquisa que não se afasta de uma ideia de escultura. Como nos diz o artista: "O ponto de observação de cada uma das plantas fotografadas é o nível dos olhos para que ela seja facilmente perceptível pelo observador enquanto corpo de escultura". Uma das obras da sua autoria, da Coleção da Fundação PLMJ, Sem título, de 2004, é trabalhada em Calcário moleano e ardósia, e corresponde a um dos períodos dos núcleos de obras presentes na exposição antológica "A Sequência dos Dias".